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Foto do escritorGelson Celistre

Vale dos suicidas

Atualizado: 25 de abr. de 2023

(Publicado originalmente no blog Apometria Universalista em 7/10/2019)


Já nos deparamos com vários locais no astral que remetem a locais citados em obras espíritas. Num atendimento a distância recente nos deparamos com um "vale dos suicidas", um dos inúmeros que existem na dimensão astral. Sim, não existe apenas um local desses, mas vários em diferentes regiões da dimensão astral.

A consulente já se suicidou em várias encarnações e nesta vida está lutando novamente contra esse sentimento, que somado à mediunidade ostensiva, é um karma difícil de lidar. Ao sintonizar os médiuns com ela a encontramos vagando no astral, numa região densa e escura, vestindo uma camisola branca esfarrapada e carregando pesadas correntes.

Conversei com ela incorporada numa médium e perguntei por que ela estava carregando aquelas correntes, ao que ela respondeu que era a pena pelos pecados dela e que esse era o destino dela. Perguntei por que ela pensava assim e ela disse que era a vontade de Deus.

Disse a ela que se Deus agisse dessa forma não estaria sendo bom nem justo, pois ela cometeu um ato num momento de desespero e que se alguém disse o contrário não era de Deus. Fiz ela ir até o local onde lhe imputaram sua "pena" e onde lhe deram as correntes e chegando no local, que era um dos muitos locais onde espíritos afins acabam se aglomerando por conta da sintonia energética, um "vale dos suicidas", nos deparamos com uma "corte", uma sala montada com a mesa do juiz, banco dos réus, etc., com um juiz e quatro assistentes, que recepcionavam os espíritos suicidas e lhes aplicavam penas, como se tivessem alguma autoridade divina para tal.

O "juiz" era cheio de empáfia, incorporou num médium e ficou me olhando com cara de nojo sem falar nada, perguntei se ele se matou comendo a língua e ele respondeu que estava analisando se valia a pena falar comigo. Perguntei com que autoridade ele se achava no direito de julgar outros espíritos e lhes imputar penas sendo que ele próprio estava ali por ter cometido suicídio também.

Ele retrucou que estava fazendo o trabalho de Deus, que foi enviado para isso, que era uma missão, que quando chegou ali estava tudo uma bagunça e ele colocou ordem. A ordem a que ele se refere era agrupar num local os que se enforcaram, em outro os que tomaram veneno, em outro os que se jogaram de algum local alto e por aí vai, e também decidia que pena era devida a cada um pelo tipo de ato que cometeu, como fez com a consulente.

Ele insistia que ele fazia justiça e que suas ações estavam corretas, então eu lhe disse o seguinte, se tens certeza de que estás certo, tu vais ser julgado da mesma forma que julgas os outros, e fiz ele ver o futuro que lhe aguardava e a "pena" que seria imposta a ele, que era de vagar sozinho e sem rumo pela dimensão astral.

Efetuamos um grande resgate nesse vale dos suicidas e desmanchamos a corte desse juiz "justiceiro", que não passava de um espírito medíocre e arrogante. Em vida passada era um juiz muito severo e conceituado no local onde vivia, mas a esposa lhe traiu e o abandonou por outro homem, lhe deixando quase arruinado financeiramente, foi um escândalo na sociedade, e ele não aguentou a humilhação, pois era muito orgulhoso, e se enforcou, de terno e gravata.

Diferente do que muitos espíritas acreditam, nem todos os suicidas vão para estes locais, e esses locais são regiões geográficas da dimensão astral e não um delírio mental que só existe na cabeça do espírito. O termo "vale" meio que pegou para identificar locais onde existem aglomerações de espíritos numa mesma frequência, mas essas regiões nem sempre se localizam entre montanhas formando um vale, em muitos casos, como nesse, era uma planície desértica.

Pessoas com algum tipo de mediunidade quando obsidiadas são mais propensas a cometer suicídio, pois escutam vozes em sua cabeça ou pensamentos lhe veem a mente que eles pensam ser deles mesmos, quando na verdade são outros espíritos lhes incutindo essas ideias e sentimentos negativos.

Quem já cometeu suicídio em outras vidas, por uma questão de ressonância, tem a tendência de sentir esse impulso quanto atinge nesta vida a mesma idade da vida passada em que se matou, mesmo que na vida atual não tenha os mesmos problemas nem sentimentos da vida anterior.

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