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Ladrão de corpos

Atualizado: 9 de jul. de 2023

O avanço da medicina não teria sido possível se não fossem feitos estudos em cadáveres, pois para entender o funcionamento dos órgãos é preciso ver como são e como funcionam. Existem registros de dissecações feitas no século II a.C., com Erasistrato e Herófilo. No século II Galeno de Pérgamo dissecava animais como cães, porcos, cavalos, etc comparando sua anatomia e órgãos com os de seres humanos. Proibida por motivos religiosos na Europa por vários séculos, a dissecação de cadáveres humanos ressurgiu no século IX principalmente por causa da escola de medicina de Salerno, na Itália. Leonardo da Vinci dissecou mais de trinta corpos de homens e mulheres, mas escondeu os registros que só foram descobertos trezentos anos depois. Nos séculos XVI e XVII no Reino Unido as escolas de anatomia utilizavam os corpos de criminosos condenados à forca e a dissecação era vista como uma punição adicional.

O número de estudantes de medicina aumentou de cerca de 200 no final século XVIII para mais de mil no início do século XIX e aí não tinha cadáver que atendesse a demanda, pois além dos estudantes os médicos cirurgiões também praticavam em cadáveres. Além disso o número de enforcados caiu de 500 para 50 de um século para o outro. Se tem quem compre tem quem vende e logo surgiu a figura dos ladrões de corpos, que eram conhecidos por ressurrecionistas,

Esses ladrões de corpos roubavam cadáveres de recém-falecidos e chegou ao ponto de os familiares dos mortos fazerem vigília no cemitério para evitar a profanação do túmulo e o roubo do cadáver. Era algo bizarro pois os ladrões de corpos tinham olheiros nos funerais e os mortos que eram indigentes ou de outra localidade eles se passavam por familiares para pegar o cadáver. Curiosamente havia uma lei para quem roubasse pertences enterrados com um cadáver, mas não havia lei contra o roubo dos corpos. O comércio de cadáveres estava em alta e as autoridades, coniventes com os médicos, fingiam não ver.

Mas porque esperar alguém morrer para ter que desenterrar o defunto no meio da noite correndo o risco de ser pego e preso se era possível matar uma pessoa e vender direto o cadáver? Dava muito menos trabalho e os clientes, que eram os médicos, ficavam muito mais satisfeitos, pois além de receber um cadáver fresquinho, ainda podiam encomendar o tipo de corpo que queriam, homem ou mulher, adulto ou criança, etc.

Um ladrão de corpos que atuava no ramo há cerca de 10 anos fornecendo cadáveres para médicos e estudantes de medicina se descuidou e acabou matando uma criança de pessoas de uma classe mais alta e aí a coisa degringolou. Enquanto os mortos eram de pessoas miseráveis, de famílias pobres, a polícia fazia vista grossa, mas ele matou a criança errada e aí estava ocorrendo uma ampla investigação para descobrir o paradeiro da criança. Claro que a polícia sabia o fim que ela tinha levado, mas tinham que fazer todo um teatro e claro que os outros ladrões de corpos iam dedurar esse para continuarem ilesos.

E aí sobrou para um jovem médico que tinha comprado o cadáver da criança, pois se pegassem o ladrão de corpos que lhe vendeu o cadáver da criança que ele dissecou a situação dele iria se complicar, seriam ele e o ladrão de corpos que lhe vendeu o corpo os bodes expiatórios de toda essa indústria. Evidente que nenhum deles era inocente, esse jovem médico não tinha muitas posses, num período de 10 anos comprou apenas 28 cadáveres, mas o ladrão de corpos não vendia somente para ele e nesse mesmo período ela tinha matado mais de 200 pessoas para vender os corpos. O jovem médico, temendo ser descoberto, matou o seu fornecedor e o dissecou, evitando assim que fosse descoberto que foi ele quem comprou o cadáver da criança desaparecida.

Esse jovem médico na vida seguinte morreu ainda criança, uma criança indigente que adoeceu e não recebeu nenhum cuidado. Na vida atual, ainda criança, foi vítima de um trabalho de magia onde usaram terra de cemitério e abriu essa frequência de vida passada dele, recente, puxando para junto dele o ladrão de corpos que ele matou que passou a obsediá-lo, 12 espíritos dos 28 que ele dissecou os corpos, ainda inconscientes e retalhados, e ficou conectado ao bolsão de espíritos que foram vítimas do ladrão de corpos, mais de 200 espíritos. O resultado foi uma infecção por vírus que se transformou numa síndrome inflamatória multi-sistêmica e ele corre risco de vida.

Com o desmanche do trabalho de magia, o tratamento dessa frequência de vida passada e a assistência de nossa equipe médica espiritual orientando os médicos que o tratam no plano físico é provável que ele sobreviva, mas se não fosse feito esse tratamento com apometria o desencarne seria certo. O fato dele comprar corpos que sabia serem de pessoas mortas para ele as utilizar em seus estudos e o fato dele ter matado e dissecado também o ladrão de corpos fez com que ele se conectasse não apenas com os espíritos dos cadáveres que ele dissecou, mas com todos os que estavam conectados ao ladrão de corpos. O ladrão de corpos nem chegou a reencarnar, ficou preso no astral junto aos espíritos das pessoas que ele matou para vender os corpos, espíritos mutilados e dilacerados.

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