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Karma familiar

Atendemos duas pessoas de uma mesma família que sofrem de depressão. Esse caso é interessante porque demonstra bem a ação do karma, que fez essas duas pessoas passarem na vida atual pelo mesmo que elas fizeram outras pessoas passarem numa vida passada, além de demonstrar como os papéis podem mudar de uma vida para outra e como trazemos conosco nossos preconceitos, que por ação do karma, se voltam contra nós mesmos. Essas pessoas hoje são uma mãe e seu flho, mas numa vida passada o filho era o pai da mãe, que nessa vida passada era um homem.

Esse homem era casado, sua esposa tinha 28 anos e tinham três filhos. Porém, o homem se apaixonou por uma outra moça de 16 anos de idade, e queria se livrar da esposa. Isso aconteceu na Europa há alguns séculos e não existia divórcio, então o pai desse homem lhe deu a ideia de internar a esposa como louca, assim ele ficaria livre para viver com a outra jovem.

Pode parecer estranha para nós essa solução, como internar alguém como louca se a pessoa não o é, mas já nos deparamos com vários casos semelhantes o que me leva a crer que era uma solução muito popular em determinada época. E foi o que aconteceu, a esposa do homem foi internada como louca e morreu num hospício sem nunca receber sequer uma visita e nunca mais viu seus filhos. Ela não chegou a ficar louca no hospício, mas vivia e morreu em profunda depressão.

Na vida atual a depressão de mãe e filho começou com a separação do casal, quando o marido dessa mulher conheceu uma mulher mais nova e abandonou ela e o filho. O que a mulher fez numa vida passada na qual foi homem se voltou contra ela agora, foi abandonada, trocada por uma mulher mais jovem. Só não foi exatamente igual porque ela não foi internada como louca em um hospício, mas o karma trouxe para junto dela o espírito da mulher que foi sua esposa naquela vida passada, que foi internada como louca e morreu depressiva, esse espírito estava encostado na mulher agora passando para ela toda sua depressão.

Já o rapaz, que na vida passada foi o pai da mãe e que foi quem deu a ideia de internar a nora num hospicío, privando ela do convício com os filhos, agora sofre por não ter um pai presente em sua vida. E aí entra a questão do preconceito. Ele sofre muito por não ter pai porque numa outra vida passada ele foi um padre, dirigia um seminário, e recebia meninos órfãos para trabalhar no seminário e seguir a carreira religiosa, geralmente meninos sem pai, bastardos gerados fora do casamento, filhos de mãe solteira.

Porém, ele tinha preconceito contra os meninos sem pai, os bastardos, acreditavam que eram impuros, filhos do pecado, e não admitia que se tornassem padres, mas enganava os familiares que os deixavam aos seus cuidados dizendo que eles receberiam toda a instrrução para se tornarem padres. Esses meninos enquanto ainda eram crianças faziam todo tipo de serviço no seminário e ainda eram abusados sexualmente pelos padres, sempre sendo muito castigados e à medida que ficavam maiores os castigos aumentavam, para que eles desistissem de ser padres.

E assim foi com quase todos os meninos, eles desistiam diante de tantos castigos e abandonavam o seminário. Mas um deles acreditou nas palavras do padre e aguentou de tudo para chegar a ser padre, não desistiu, cumpriu todos os requisitos, mas quando era para ser ordenado ouviu da boca do seu superior que ele não poderia ser ordenado por ser um filho bastardo, nascido em pecado. O rapaz ficou muito magoado, triste, e teve que abandonar o seminário.

Hoje aquele diretor do seminário é o filho que vive com a mãe, foi abandonado pelo pai, e sofre por isso pois se sente inferior aos outros rapazes, porque ele não tem pai, é um bastardo, o preconceito que ele teve com os meninos bastardos no passado ele tem contra ele mesmo. Junto dele estava o seminarsita que ouviu da boca dele que não poderia ser padre por ser um bastardo, o que o conectou com essa frequência de vida passada e com o seminário que ele dirigia, onde encontramos três meninos que morreram em suas celas vítimas dos castigos que ele impunha.

Nós retiramos o espírito da esposa que foi internada como louca e a encaminhamos para um hospital no astral, assim como retiramos o espirito do seminarista que obsidiava o rapaz e ainda resgatamos os meninos mortos que estavam presos na frequência. Na escola do karma o aprendizado geralmente ocorre pela dor, só entendemos a dor que causamos no próximo quando sentimos essa dor em nós mesmos.

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