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Encosto

  • Foto do escritor: Gelson Celistre
    Gelson Celistre
  • 15 de ago.
  • 3 min de leitura

Hoje atendemos um caso relativamente simples de resolver, nossa cliente estava com um encosto, um espírito, junto dela. Eu classifico como encosto qualquer espírito que se aproxima de um encarnado, se encosta nele, sem a intenção objetiva de prejudicá-lo, embora em muitos casos, como nesse, tenha prejudicado. Quando um espírito se aproxima de uma pessoa encarnada com o objetivo explícito de o prejudicar, fazer algum mal a ele, aí classifico como obsessor.

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A diferença é que o obsessor já chega com a intenção de causar mal ao encarnado, geralmente devido a alguma diferença de vidas passadas, enquanto que o encosto se aproxima por outros motivos, por exemplo, um espírito alcoólatra que se encosta num encarnado para beber com ele, ou para fumar, usar drogas, etc. A intenção nesse caso é usufruir com a pessoa de alguma coisa, acabam prejudicando porque potencializam o vício do encarnado, mas não era essa a intenção, as vezes até eram amigos de outras vidas.

No caso em tela o encosto estava com nossa cliente há uns 15 anos, desde que ela se separou do marido, e ela nos procurou querendo tratar duas situações, a primeira é porque seus relacionamentos depois da separação não dão certo, e a segunda é porque não consegue desenvolver sua mediunidade, ela é médium de psicofonia, pois sempre que tentar participar de algum centro acaba saindo.

A mulher foi numa cartomante e o espírito que trabalhava com a cartomante gostou dela e resolveu ficar com ela, e esse ficar foi no sentido bíblico, como mulher dele, por isso ele atrapalhava os relacionamentos dela, não queria que ela tivesse um companheiro aqui no físico, queria que ela ficasse apenas com ele no astral. Além disso, quando ela tentava frequentar um centro espírita para desenvolver sua mediunidade ela a fazia desistir porque as entidades do local viam que ele estava encostado nela e queriam tirá-lo.

Ou seja, esse encosto era o responsável pelos dois problemas que afligiam e que a fizeram ficar sozinha por 15 anos. E interessante que o encosto nem lembrava, mas ele já tinha sido casado com essa mulher numa vida passada, por isso que se sentiu atraído quando ela foi na cartomante com a qual ele trabalhava. Um caso simples de resolver, bastou um comando e o encaminhamos para reencarnação.

Aí você pode se perguntar, mas se era tão simples porque esse encosto não foi retirado dela antes? A resposta é que os centros de origem kardecista não retiram os espíritos se eles não quiserem sair, eles sob o escudo de respeitar o livre-arbítrio do espírito, fazem como Pilatos e lavam as mãos, deixam que a pessoa se resolva com o espírito, uma visão equivocada da situação a meu ver.

Os espíritas argumentam que se a pessoa está com um obsessor é porque deve a ele karmicamente, então ele tem o direito de a obsidiar. Concordo que a pessoa deve algo karmicamente ao espírito, mas por conta disso não fazer nada para modificar uma situação que causa mal aos dois espíritos no final das contas, obsessor e obsidiado, é considerar que o obsessor é quem tem razão, sem saber de toda a história kármica desses dois espíritos.

O obsessor só costuma lembrar da vida em que foi ferido pelo obsidiado, mas as vidas anteriores onde ele também feriu o outro ele não lembra. O que eu faço é fazer o obsessor esquecer do obsidiado e encaminho para reencarnação, eles ainda vão se encontrar no futuro para resgatar seus karmas, mas terão tempo para evoluir e amenizar os sentimentos negativos até lá.

1 comentário


nguinamaubaptista00
há 6 dias

Achei esse relato muito esclarecedor. Gostei da forma como o Srº diferencia o encosto do obsessor, porque realmente nem todo espírito que se aproxima tem a intenção de fazer mal. Também achei interessante sua crítica à visão kardecista de “lavar as mãos” em nome do livre-arbítrio do espírito. Concordo que, muitas vezes, isso só prolonga o sofrimento dos dois lados. A ideia de encaminhar para reencarnação como oportunidade de renovação faz muito sentido, além de trazer um alívio imediato para quem está sofrendo.


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