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Foto do escritorGelson Celistre

Amor de outras vidas

Encontrar um amor de outras vidas é o sonho de muitas pessoas românticas, mas muitas nem desconfiam que já encontraram esse amor do passado, mas hoje o chamam de ex. Atendemos uma mulher que já está separada há cinco anos e vimos que o ex-marido tem um sentimento de posse tão forte sobre ela que tranca a vida dela em vários setores, por isso recomendamos a ela que fizesse um divórcio energético, para cortar as ligações energéticas entre os dois para ela poder seguir com a vida dela.

Esse caso é interessante por demonstrar como criamos laços que vão se tornando cada vez mais fortes de uma vida para outra, laços que acabam nos aprisionando a um espírito e impedindo que nos conectemos a outros. Também demonstra a ação de espíritos que querem nos ajudar, mas devido ao seu grau evolutivo podem nos atrapalhar, espíritos que escutam nossas preces a Deus e que tentam torná-las realidade.

Foram três vidas passadas nas quais esse casal de espírito criou laços que os mantinham presos, mas quando uma relação começa mal dificilmente acaba bem. Na primeira vida em que se encontraram o homem que vamos chamar de Pierre se sentiu dono da mulher, que vamos chamar de Margot. Depois dessa primeira vida vimos mais duas nas quais o sentimento de posse cresceu e na vida atual, mesmo eles estando separados ele ainda sente que a mulher é uma propriedade dele.

A primeira vida em que Margot e Pierre se encontraram foi há cerca de 500 anos na França. Pierre era um velho viúvo de 63 anos de idade com boas condições financeiras e Margot uma jovem de família muito humilde com 13 anos de idade, cujos pais a ofereceram em casamento ao viúvo mediante o pagamento de um bom dote. O velho até rejuvenesceu com a novinha, tiveram quatro filhos e ele só morreu aos 77 anos de idade, se sentia o dono dela por tê-la comprado dos pais. O filho mais velho que tiveram nessa vida era muito autoritário e logo depois que o pai morreu assumiu a direção dos negócios e da família e na vida atual esse filho é a mãe de Pierre.

Numa vida seguinte novamente encontramos Margot como uma mulher de família muito humilde que trabalhava numa fazenda em troca de casa e comida, praticamente um regime de servidão, e ela também servia o dono da fazenda sexualmente. O dono da fazenda era o Pierre e ela desejava muito ser a esposa dela como já havia sido numa vida anterior, tanto que rezava muito a Deus pedindo isso. Para sorte ou azar de Margot o espírito de um padre casamenteiro ouviu as preces dele e resolveu lhe ajudar.

O espírito do padre casou Margot e Pierre no astral para que em vidas futuras eles se encontrassem e se casassem. Ao melhor estilo da saga O Senhor dos Anéis, como o grande elfo Celebrimbor, ele forjou anéis com a força de sua mente e a energia do casal, fez dois anéis, escreveu o nome de Margot em um deles e colocou dentro do coração de Pierre. Escreveu o nome de Pierre no outro anel e colocou dentro do coração de Margot.

Numa vida seguinte, uns 100 anos depois, novamente Margot é uma menina filha de uma família pobre na França no século XVII, mas foi apadrinhada por um homem rico bem mais velho do que ela, que era o Pierre. Para quem não sabe houve um período na França em que era comum homens ricos patrocinarem meninas pobres que estudavam em escolas de ballet, algo muito parecido ao suggar daddy de hoje, só que eles bancavam a suggar baby desde pequena e ajudavam a família dela também, e quando a menina estava na adolescência eles usufruíam do seu investimento, era algo sabido por toda a sociedade e aceito com naturalidade.

A maioria das bailarinas virava amante do seu patrocinador, mas algumas se casavam com ele quando ficava viúvo, foi o caso de Margot. Para melhorar status da bailarina nesses casos eles costumavam colocá-la como primeira bailarina do teatro por alguns meses e depois ela abandonava o ballet para se casar. Margot virou a primeira bailarina logo depois de completar 15 anos e quando fez 16 se casou com seu patrocinador e abandonou os palcos. Mais uma vida em que Pierre pagou pela companhia de Margot e se sentia dono dela por isso.

Na vida atual tanto Margot como Pierre são espíritas e antes mesmo de conhecer Margot, Pierre desejou muito conhecer uma mulher que lhe ajudasse a realizar seus sonhos, a melhorar de vida, e um espírito do centro espírita que ele frequentava ouviu as preces dele e resolveu ajudá-lo. Eis que o espirito encontra a Margot e decide unir os dois. Pega a energia de desejo do Pierre e junta com a da Maria. A Margot até aguentou por vários anos o casamento, ajudou o Pierre a fazer uma boa faculdade, mas depois pediu a separação.

Três vidas onde o Pierre se sentia dono da Margot por tê-la comprado ou sustentado, sendo que em todas ela era pobre e tinha que aguentar a situação. Na primeira vida Margot foi vendida pelos pais, na segunda vida já nasceu sendo serva dele e cometeu a infelicidade de querer ser a esposa, o padre fez uma magia de amarração para ela sem ela saber, e na terceira vida novamente ele a comprou a patrocinando no ballet. Em nenhuma das três ficar com Pierre foi uma escolha dela, sempre foi uma necessidade que a vida lhe impôs, mas dadas as condições não é de se admirar que o Pierre se sinta dono dela.

Mas essa relação agora está fazendo mal para a Margot e provavelmente para o Pierre também, embora ele não perceba isso, e nossa função é promover o desligamento dos cordões energéticos que os unem. Inicialmente retiramos os anéis do coração de ambos e os destruímos. O padre casamenteiro estava conectado a 322 casais que ele amarrou com esses anéis que criou, nós destruímos todos, obliviamos o padre e o encaminhamos para reencarnação. Ele não foi de bom grado, estava se escondendo, pois quando um casal desses está junto ele recebe uma cota de energia que o permite estar sem reencarnar há mais de 500 anos. Depois separamos a energia dos dois que havia sido juntada pelo espirito do centro espírita e queimamos essas energias. O tal espírito ainda está naquele centro, mas não fez por mal, então o deixamos lá. E assim cortamos as ligações energéticas entre o casal para que cada um possa seguir seu caminho.

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