Meditação
- Gelson Celistre
- 19 de mai.
- 5 min de leitura
A meditação é uma prática mental milenar que visa focar a atenção para um ponto específico com o objetivo de atingir um estado de clareza mental e emocional. Existem muitas técnicas de meditação oriundas de várias tradições religiosas e de autoconhecimento que envolvem a recitação de mantras, foco na respiração, nas sensações corporais, sons do ambiente etc. Existem vários benefícios comprovados da prática da meditação, como redução da ansiedade, depressão, da pressão arterial, melhora na memória, no sono etc.

Em algumas religiões, como no budismo, a meditação é considerada um dos principais meios para alcançar a iluminação — o despertar da mente e a libertação do sofrimento, é uma prática essencial para romper com a ignorância, o apego e o desejo — causas do sofrimento segundo as Quatro Nobres Verdades. Ela é o método pelo qual o praticante pode observar a realidade como ela é, e não como a mente distorcida a interpreta.
Existe uma metáfora muito conhecida no budismo, especialmente no zen, sobre um dedo apontando para a lua que essencialmente significa que não se deve confundir os meios com os fins. Quando alguém tenta mostrar a lua para outra pessoa e aponta para indicar a direção em que a lua está, a pessoa não pode se concentrar no dedo, tem que olhar na direção em que o dedo aponta para poder enxergar a lua.
A meditação é como um dedo apontando uma direção, é uma ferramenta para que você perceba outra coisa, algo além da meditação em si, no caso dos budistas eles almejam atingir a iluminação (bodhi, em sânscrito), que é o estado de plena compreensão da realidade tal como ela é, livre da ignorância, do desejo e do apego — que são as raízes do sofrimento humano.
Recentemente nos deparamos com um caso interessante envolvendo a meditação, que demonstra que mesmo pessoas capazes de executar essa prática com extrema maestria, como um monge tibetano, podem não ter entendido sua real finalidade e não conseguiram ver além da prática.
Uma cliente nossa que participa há muitos anos de um grupo esotérico vinha se questionando sobre sua permanência nesse grupo e submeteu essa questão em um reunião do grupo pedindo uma orientação. Na manhã seguinte ela acordou com as palavras vida monástica em sua mente e nos solicitou uma consulta para verificarmos do que se tratava, se tinha alguma coisa a ver com sua saída da instituição. Esse grupo esotérico a que ela se refere é de uma instituição filosófica que existe há quase cinquenta anos e tem entre suas atividades práticas de meditação e yoga tibetanas.
Uma outra mulher que também frequenta essa mesma instituição numa vida passada foi um monge tibetano e fazendo as práticas meditativas da instituição se conectou com essa sua vida passada na qual tinha uma vida monástica, algo perfeitamente normal. Porém, ao sintonizar com essa vida passada ela em desdobramento, ou seja, em espírito, foi até o mosteiro no Tibete no qual ela viveu nessa vida passada.
No astral do mosteiro havia um monge meditando, um monge que conseguiu atingir um elevado grau de domínio da meditação, a ponto de ter atingido o que eles chamam de tukdam, um estado meditativo que ocorre após a morte clínica do corpo, que não mostra sinais de decomposição por até semanas e o corpo pode se mumificar na posição de meditação na qual morreu, que foi o que aconteceu com esse monge tibetano, que morreu há 120 anos e seu corpo ficou mumificado na posição de lótus e até hoje se encontra no mesmo local em um mosteiro nas montanhas do Tibete.
A mulher que foi monge também foi quem admitiu esse monge como discípulo no mosteiro e ao ir até lá em desdobramento e se conectar com essa vida, ela o puxou para perto dela, foi como se ela tivesse trazido o monastério para onde ela está agora, que é essa instituição filosófica, e o monge tibetano ficou preso na instituição filosófica sem poder voltar para o monastério, foi como se ela o estivesse admitindo novamente.
Quando nossa cliente consultou o grupo sobres sua saída ele se aproximou dela na esperança de que ela saindo ele conseguiria sair junto com ela e no astral conversou com ela dizendo que queria voltar para sua vida monástica. Eu conversei com o monge tibetano e o libertei, permitindo que ele voltasse para seu mosteiro no Tibete. Além dele vimos que outros 22 espíritos foram atraídos para essa instituição pelas práticas que eles fazem e ficaram presos ao local, mas a maioria queria permanecer ali, apenas cinco queriam sair e também foram libertados.
No caso do monge tibetano, eles acreditam que a pessoa que morre meditando como ele atinge a iluminação, qu é sua verdadeira natureza búdica. Porém, o monge tibetano depois de morto seu corpo físico já há mais de um século só o que conseguiu foi continuar meditando no mosteiro e não conseguiu nem evitar de ser atraído magneticamente por seu antigo mestre, e nem se libertar desse magnetismo, de onde podemos concluir que não atingiu a desejada iluminação.
Certamente esse monge deve ser venerado no Tibete como um sábio iluminado que atingiu um nível superior de consciência, quando na realidade ele é um exímio conhecedor do dedo apontando para a lua, mas a lua mesmo ele ainda não conseguiu enxergar. Para se atingir a iluminação não basta uma prática apenas, é preciso um conjunto de ações que consigam transmutar todo o karma negativo que o ser acumulou em sua jornada.
Esse monge tibetano conseguiu maestria na prática da meditação no nível mais alto, mas ele ainda não tem uma densidade do corpo astral que lhe permita sair do nível terra/umbral, ainda tem um grande lastro kármico, por isso ficou aqui depois de morto e assim como foi puxado por uma pessoa encarnada com a qual tinha ligação de uma outra vida poderia ser puxado para reencarnar há qualquer momento, sem ter controle nenhum sobre como ou onde iria reencarnar.
Estamos tratando de um rapaz que não sente vontade de viver, está em um constante estado de apatia pela vida, está com várias frequências abertas e uma delas era de uma vida passada há uns 600 anos na qual ele era muito pobre e foi um sábio hindu. Nessa vida ele aprendeu técnicas de meditação que o ensinaram a separar a consciência do corpo físico, aprendeu a manter a consciência ativa mesmo reencarnando, ou seja, aprendeu a ficar com uma frequência aberta.
E ele ficou, depois de morto ficou nessa frequência de sábio vivendo num templo no meio da floresta com vários estátuas de buda, e ao mesmo tempo estava reencarnado aqui na dimensão física sem ter a mínima ideia de que tinha uma parte da consciência dele vivendo na dimensão astral. Qual o benefício que isso lhe trouxe? Nenhum, pois ele não consegue se adaptar a sua realidade, que é a de ser um espírito com muito karma a resgatar e se recusar a viver aqui na dimensão física. É outro exemplo de dedo apontando para a lua.
Práticas isoladas não vão nos libertar da roda de samsara, que é o fluxo contínuo de nascimento, morte e renascimento, movido pelo karma (ações) e pelos venenos mentais: desejo (apego), aversão (ódio) e ignorância (ilusão). Não basta limpar apenas nossa mente, é preciso tratar as energias que já geramos enquanto nossa mente estava poluída pelos venenos mortais, a questão chave para a libertação é energética, é o lastro kármico do qual temos que nos livrar e isso só conseguiremos resgatando nosso karma.
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