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Vida após a morte

Nesta semana fizemos cinco resgates de pessoas falecidas, sendo que três eram de uma mesma família, mas que morreram com muitos anos de diferença. Já fizemos vários relatos de resgates desse tipo, mas é um tema que precisa ser mais difundido para que as ilusões e mistificações envolvendo o pós-morte sejam dissipadas pela realidade dos fatos. O espiritismo ao mesmo tempo que trouxe muitos esclarecimentos trouxe também muita mistificação quanto ao destino do espírito após a morte.

“The Inferno, Canto 28, Lines 69-72,” 1890, by Gustave Doré. Engraving. Dante Alighieri’s

Um dos resgates foi de uma senhora idosa, portuguesa, ela tinha 87 anos e morreu há cerca de um ano e meio em Portugal e quem nos solicitou o resgate foi um dos filhos dela. Ele teve um sonho em que uma mulher o alertava sobre pessoas que o estavam enganando e ao verificarmos vimos que era a falecida mãe dele. O homem ficou surpreso quando lhe dissemos que a mulher era a mãe dele pois imaginava que a mãe estaria bem, em algum plano melhor, alguma dimensão mais elevada, pois segundo ele era uma mulher boníssima, muito religiosa e que ajudava as pessoas.

Mesmo as pessoas espiritualizadas, que acreditam na reencarnação e no karma, como é o caso desse filho, têm muita dificuldade de raciocinar em termos de várias vidas, acham que se na vida atual a pessoa é boa vai para um lugar bom após a morte. Mas não é assim, é preciso considerar o karma e as vidas passadas dessa pessoa, que nós desconhecemos. Quando fomos resgatar a senhora ela não queria ir, disse que seu propósito, sua motivação para viver, era proteger os filhos. Com muita conversa consegui convencê-la a ir para um hospital no astral com a promessa de que após se recuperar poder voltar a proteger os filhos se ela ainda quiser.

Nesse tipo de situação em que a pessoa falecida fica convivendo com os familiares, mesmo que ela tenha consciência de estar morta, há uma troca de energias, o morto suga a energia dos vivos, e passa para eles sua própria energia. Por isso é muito comum um filho acabar sendo acometido da mesma doença que matou algum de seus pais que ficou convivendo com ele após a morte.

Outro caso foi também de um idoso, esse nordestino, que morreu há dois anos e meio aos 72 anos de idade de um câncer generalizado que começou no fígado. Esse após a morte ficou no hospital em que morreu, acreditava estar vivo em alguma ala do hospital onde não cuidam mais dos pacientes, esperava que algum familiar viesse tirar ele dali. Disse que de repente o hospital parecia um inferno com tanta gente sofrendo ao redor dele.

O que aconteceu com ele é que após a morte, devido ao peso específico de seu corpo astral, que era bem denso, ele caiu num lixão hospitalar, um local conectado ao hospital onde acabam se aglutinando os espíritos que morrem ali e que estão com o corpo astral muito denso. Esse lixão não era muito grande, mas resgatamos além desse idoso mais uns 8.000 espíritos.

Os outros três casos que eram pessoas de uma mesma família deixei por último porque os três mortos tinham um sentimento em comum, a negação da morte. Simplesmente se recusavam a acreditar e aceitar que estavam mortos. A primeira pessoa que resgatamos foi uma mulher, era mãe de três filhos e faleceu logo após o parto do terceiro, isso há mais de 40 anos. Após a morte ela ficou vivendo na casa como se estivesse viva, não aceitou a morte, se recusava a aceitar. Viveu por 35 anos como um fantasma na casa até que o marido faleceu.

Nesse ponto aconteceu algo interessante. O marido dela logo após a morte quando acordou na dimensão astral viu a esposa falecida que vivia na casa e se apavorou, entendeu que se estava vendo um morto estava morto também, mas ao invés de falar com ela, ele virou o rosto para o lado e cobriu com as mãos, não queria ver a esposa porque não queria estar morto, ele queria voltar a viver e saiu atrás do corpo físico dele e acabou indo para o necrotério, de onde caiu no lixão do hospital. A esposa morta quando viu o marido correndo dela saiu atrás e se perdeu dele, acabou caindo numa região umbralina.

O marido estava num lixão hospitalar com mais uns 1.800 espíritos, todos em deplorável estado de saúde, mas um fato curioso é que um dos filhos dele imaginava que ele estaria num lugar bacana, onde tinha um pôr-do-sol ao longe e quando lembrava do pai morto se conectava com ele e o pai por instantes via essa imagem também, mas depois ela se desvanecia e ele se via novamente no lixão. Nós o resgatamos junto com os demais espíritos no lixão e os encaminhamos para um hospital no astral.

Já a esposa dele que havia falecido 35 anos antes foi para numa região umbralina da qual já retiramos muitos espíritos. Trata-se de uma imensa planície árida coberta por um nevoeiro cinzento. Ela estava exausta, faminta, quando viu a médium estendeu as mãos juntas pedindo comida. Disse que caminhava nesse local sem parar e nunca chegava a lugar nenhum, não tem comida nem água, não tem nada ali. Nós a tratamos e encaminhamos para um hospital no astral juntamente com outros cerca de 800 espíritos que vagavam por ali na mesma situação que ela, mas um não via o outro.

O terceiro membro dessa família era uma jovem filha desse casal de falecidos que morreu na adolescência de uma doença. Ela também se recusava a aceitar que estava morta, estava sentindo uma tristeza imensa, e acabou numa região umbralina mais densa que aquela em que sua mãe estava, o fundo de um desfiladeiro estreito com paredes rochosas altíssimas a ponto de não se ver o topo. Também como a mãe caminhava sem parar sem nunca chegar ao fim desse desfiladeiro. Havia cavernas e formações rochosas no desfiladeiro onde outros espíritos se ocultavam espreitando uns aos outros, mas sem se comunicar, pois esse desfiladeiro, assim com a planície em que a mãe dela estava são locais para onde vão os espíritos que não aceitam a morte, que negam estar mortos e se fecham em si mesmos. Resgatamos a jovem e mais cerca de 1.200 espíritos que estavam ali, muitos com o corpo já deformado devido a estarem nesse desfiladeiro há séculos.

Esses são apenas alguns casos de resgate onde podemos verificar que a realidade da vida após a morte não é bem um romance espírita. Na maioria das vezes não aparece nenhuma equipe socorrista para levar o espírito arrependido do umbral para uma colônia.

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