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Observar e questionar

  • Foto do escritor: Gelson Celistre
    Gelson Celistre
  • 21 de jan.
  • 3 min de leitura

A doença causada pelo COVID-19, o coronavírus, o vírus da síndrome respiratória aguda grave 2, supostamente surgiu na China em dezembro de 2019 e em maço de 2020 já havia se alastrado por todo o mundo, tendo sido classificada então como pandemia pela Organização Mundial de Saúde. Essa pandemia causou mais de sete milhões de mortes no planeta, mudou a vida de praticamente todas as pessoas e até hoje sentimos seus efeitos.

Atendemos uma pessoa que sobreviveu à pandemia, mas que perdeu um familiar para o COVID-19. Desde então a vida dessa pessoa e de seu filho mudaram muito. Ela só consegue sair para trabalhar e o filho, um jovem, não sai mais de casa, passou a beber e fumar, e ela também passou a beber mais do que costumava, sentindo muita tristeza e solidão.

Quando a pessoa nos solicitou o atendimento já identificamos que a causa era o familiar morto, que era marido e pai, e quando fizemos a consulta ele se manifestou com muita raiva. Conversei com o espírito e perguntei o motivo de tanta raiva e ele disse que era porque ninguém o escutava, não prestavam atenção ao que ele dizia, e então lhe perguntei se ele não desconfiava que era por ele estar morto, as pessoas não o viam, como poderiam prestar atenção ao que ele dizia.

Mas como é comum em muitos espíritos ele vivia uma situação de negação da morte, dizia que estava vendo e ouvindo, falando comigo, não estava maios doente, como poderia estar morto. Eu disse a ele que o filho não saía mais de casa, ficava só bebendo e fumando, e a esposa só conseguia sair para o trabalho. Ele disse que estava certo, que eles tinham que ficar em casa de quarentena para não pegar a doença, a esposa só sai para o trabalho porque é médica, mas não pode ir a nenhum outro lugar. Tentei argumentar mais um pouco para ele perceber que havia morrido, mas como ele estava irredutível foi obliviado e encaminhado para um hospital no astral.

E ele não estava só, trouxe outros espíritos que morreram de COVID do hospital em que esteve internado e ainda tinha alguns espíritos que tinham ligação com o filho dele na casa, no total havia outros 18 espíritos na residência. Todos foram devidamente encaminhados e fizemos uma assepsia no local. Esse tipo de situação é extremamente comum, a pessoa morrer, não perceber que está morta e ficar morando em sua casa com os familiares como se vivo estivesse.

Nesse caso em que a pessoa morreu de uma doença que pode provocar diversos problemas e ainda trouxe outros espíritos com ele é pior ainda, pois todos vampirizavam as pessoas encarnadas da casa, os espíritos que morreram doentes se sentem bem por estar vampirizando os vivos e por isso acham que não estão mortos. Pessoas muito centradas nelas mesmas, muito tímidas ou introvertidas tem uma propensão maior a não perceberem que estão mortas por elas normalmente não interagirem muito com outras pessoas.

Para evitarmos esse tipo de situação, estar morto e não perceber, temos que cultivar o hábito de observar tudo ao nosso redor e raciocinar sobre o que estamos vendo, questionar o que vemos, se deveria ser assim mesmo, se não tem algo de errado, se estamos interagindo com as pessoas ao nosso redor, se somos notados, enfim, temos que observar e questionar.


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