O imperador romano Teodósio I em 27 de fevereiro de 380 d.C. declarou que o cristianismo ortodoxo era a única religião imperial legitima, acabou com o apoio do Estado à religião romana tradicional e proibiu a adoração pública dos deuses pagãos antigos. O cristianismo deixou de ser perseguido pelo Estado romano no ano 311 d.C. pelo Édito de Tolerância de Galério, firmado pela tetrarquia, sistema de governo à época em que o poder era exercido por quatro pessoas, uma delas era o imperador Constantino I, que se converteu ao cristianismo e no ano 325 d.C. promoveu o Primeiro Concílio de Niceia, no qual se definiu, entre outros importantes dogmas da igreja, a divindade de Jesus, uma questão que era muito controversa entre os cristãos.
Porém, o decreto podia proibir a adoração pública dos deuses pagãos, mas não podia impedir que os romanos ainda os cultuassem pois uma tradição de mil anos não se encerra com uma imposição estatal. A Igreja Católica Apostólica Romana foi inteligente em se apropriar de datas em que eram cultuados deuses pagãos e associá-las a divindades cristãs, como o Natal, em que se comemorava o solstício de inverno no hemisfério norte, uma adoração ao deus sol Mitra herdada dos persas, que os romanos mudaram para o deus Saturno, o deus da agricultura.
A igreja também queria se apropriar da energia de adoração que era dispensada aos antigos deuses, pelo menos os mais cultuados como fizeram com o deus grego Ares, o Marte dos romanos, que os cristãos aprisionaram e direcionaram seu culto a uma divindade cristã. Para saber mais leia nossa postagem sobre o Arcanjo Miguel. Mas havia dezenas de outros deuses menores que eram cultuados em todo o Império Romano e os cristãos não ficaram satisfeitos em apenas destruir seu culto.
A maioria dos deuses antigos surgiu do culto a antepassados, pessoas que se destacavam em alguma área, como um grande guerreiro ou uma pessoa muito sábia, com o passar dos anos após sua morte eram invocados como espíritos de antepassados para ajudar em alguma questão e com o tempo passaram a ser vistos como divindades e se criou toda uma mitologia sobre eles, que em sua origem eram pessoas não digo comuns, pois fizeram algo que marcou sua vida, mas não eram deuses nem coisa parecida.
Atendemos uma cliente nossa que solicitou uma consulta e deixou o tema a ser tratado para nossa equipe espiritual e nos foi orientado tratar o chacra cardíaco dela que estava estagnado, ela foi encaminhada em desdobramento para um hospital no astral e fui buscar a origem desse problema, que até então não havíamos nos deparado, pois no peito dela era como se tivesse um buraco branco apenas.
Vimos que nos primórdios da civilização romana, quando ainda existiam vários clãs disputando o poder, nossa cliente foi esposa do líder de um clã e ficou viúva. Esse clã queria estender seu domínio sobre outros clãs romanos e precisavam de uma liderança forte, então eles fizeram um ritual para uma deusa que cultuavam e que representava a justiça, para que ela tivesse força e coragem para guiá-los em busca da justiça, que nesse caso era o clã ter a importância e poder que julgavam merecer.
Uma particularidade dessa deusa em seus primórdios era não ter coração e essa divindade se consolidou no panteão romano como a deusa Nêmesis. Muitos séculos após nossa cliente ter participado desse ritual eis que o cristianismo é declarado religião oficial do Império Romano e os padres cristãos queriam acabar com o culto aos deuses antigos. Como costuma acontecer até hoje os cristãos destruíram toda as estátuas de deuses pagãos que puderam. mas para 69 desses deuses eles foram além, eles aprisionaram os espíritos daqueles deuses dentro das estátuas, as quebraram e as enterraram dentro de uma caverna numa montanha.
Foi assim que encontramos Nêmesis e mais 68 deuses romanos, dentro de uma montanha, presos aos restos de suas estátuas de mármore, vigiados por três guardiões, três espíritos cristãos encarregados de manter essas divindades em cárcere eterno. Nossa equipe libertou as divindades romanas e assim como os guardiões cristãos, todos serão reintroduzidos no ciclo reencarnatório.
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