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Inferno

  • Foto do escritor: Gelson Celistre
    Gelson Celistre
  • há 2 dias
  • 5 min de leitura

Atualizado: há 16 horas

A palavra "inferno" vem do latim infernus, que significa "o que está embaixo", referindo-se aos mundos subterrâneos onde se acreditava que as almas iam após a morte. Na teologia cristã, é frequentemente descrito como um lugar de fogo eterno, habitado por demônios e governado por Satanás. Um lugar ou estado de punição eterna destinado às almas dos condenados após a morte, onde sofrem separação de Deus e tormentos espirituais e/ou físicos.

Inferno
Inferno

Na Igreja Católica, os pecados mortais são aqueles que, quando cometidos com pleno conhecimento e consentimento, rompem completamente a amizade com Deus. Se a pessoa morrer nesse estado, sem arrependimento, sua alma estará separada de Deus — ou seja, poderá ir para o inferno. Resumidamente se não cumprir qualquer um dos 10 mandamentos, cometer algum dos 7 pecados capitais ou pecar contra o Espírito Santo seu lugar no inferno está garantido.

  Inicialmente é preciso esclarecer que cada religião tem seu próprio inferno, consequentemente podemos deduzir que ou existem vários infernos ou existe apenas um inferno e cada religião o vê de forma diferente. Pela prática sabemos que não existe apenas um, mas vários locais que são infernos na dimensão astral, alguns são locais que naturalmente existem na dimensão astral e apresentam características que se assemelham a algum inferno descrito por alguma religião.

Por exemplo, temos aqui na dimensão física locais com atividade vulcânica próxima da superfície que expelem gases quentes, escorre lava incandescente etc. que podem se assemelhar a descrição do inferno dos católicos. Na dimensão astral também existem locais assim naturalmente. Também existem infernos no astral que são exatamente como os descritos nas religiões porque foram criados pela mentalização e a crença das pessoas que seguem essas religiões e também podem haver vários infernos de uma mesma religião criados e mantidos por grupos de diferentes regiões, os católicos da Itália podem ter criado um inferno, os da Espanha outro etc.

Atendemos um menino com menos de três anos de idade, a pedido da mãe, que tem alergias alimentares, de pele, respiratória e uma doença rara e incurável chamada neurofibromatose tipo 1. A mãe teve dificuldade para engravidar e teve que ficar em repouso para ele não nascer prematuro, mas apesar de tudo ele nasceu saudável, os problemas de saúde se manifestaram depois.

A primeira coisa que vimos foi que o menino não queria nascer, seu espírito não queria, e ele lutou para não nascer, por isso a dificuldade para engravidar da mãe e a possiblidade de nascer prematuro. Talvez as pessoas não saibam mas a vontade do espírito que está nascendo pode provocar um aborto espontâneo se ele não quiser nascer e tiver força suficiente, não é muito comum, mas já nos deparamos com alguns casos em que isso ocorreu.

A segunda coisa que vimos é que ele estava no inferno. Sim, ele estava no inferno e não queria sair, queria continuar no inferno. Poderíamos pensar que se trata de um ser das trevas que dominava alguma região umbralina e que foi puxado para reencarnação a contragosto, mas não é esse o caso. Esse espírito era uma católico em vida que acreditava na existência do inferno e acreditava que merecia estar lá por ter cometido um pecado mortal, o suicídio.

Triste história de um menino que nasceu numa família importante na época do Brasil imperial, donos de terras, tinha um tio que era bispo da Igreja Católica, aparentemente tinha tudo para ter uma boa vida, mas tudo mudou quando sua sexualidade desabrochou. O sinhozinho então com 13 anos de idade foi flagrado sendo sodomizado por um escravo, adolescente como ele, da fazenda de seu pai. Se fosse o contrário, se ele estivesse sodomizando um escravo seria ovacionado, mas como ele é que estava por baixo foi um escândalo.

Para os pais a culpa era do negro que estuprou o menino inocente. O negrinho foi severamente castigado à frente de todos os outros escravos da fazenda e morreu no tronco, para servir de exemplo aos outros. E com direito a uma grande explanação do tio que era bispo sobre o como o negro queimaria no fogo eterno do inferno pelo pecado da homossexualidade.

Esse evento foi um divisor de águas para o sinhozinho, que só então descobriu que os sentimentos e desejos que ele tinha eram pecaminosos e que se ele desse vazão a esses sentimentos ele iria arder eternamente no fogo do inferno. O menino viveu a partir dali pisando em ovos para não deixar transparecer suas inclinações sexuais até perceber que não aguentaria mais, que não conseguiria evitar de se relacionar com outros rapazes, e tomou a decisão de tirar a própria vida para não envergonhar a sua família. Ele tinha consciência de que iria para o inferno cometendo suicídio, do mesmo jeito que iria pela homossexualidade, mas pelo menos assim ele não envergonharia sua família. O menino então com 16 anos se enforcou.

Conforme o entendimento da Igreja Católica na época, um suicida não tinha direito a ser enterrado junto com os cristãos, não podiam celebrar missa nem fazer orações pela alma do suicida, e o tio que era bispo, que foi quem cuidou dos trâmites do enterro, fez questão de enfatizar para a mãe do menino que ele iria queimar eternamente nas chamas do inferno. A mãe também era muito devota e acreditava piamente no que o bispo e a Igreja diziam.

Uma vez morto e sentenciado pelo próprio ato com o qual tirou sua vida o espírito do menino foi para o inferno. Mas qual inferno? Um local com muito fogo brotando do chão, brasas, como ele imaginava mesmo, um local que existe na dimensão astral numa região que seria o equivalente a uma região vulcânica aqui na Terra, decorado podemos dizer para parecer mais ainda com o inferno dos católicos.

Ele foi para esse inferno e estava ali sofrendo há cerca de 180 anos, até ser puxado agora para reencarnar, a contragosto, pois quando ele sentiu que iria nascer ele resistiu. O local que ele estava no astral tinha outros cerca de 10.500 espíritos, todos suicidas católicos que tinham a crença de que queimariam no inferno eternamente. Nós aproveitamos e resgatamos todos os espíritos, e nesse inferno tinha até um Satanás que veio reivindicar as almas desses suicidas, disse que os pecadores foram dados a ele.

Esse Satanás era um padre católico que também se suicidou devido a homossexualidade e ali no inferno achou que sua autoridade como padre fazia dele o líder. O inferno em que estavam é um afloramento natural de gases e fogo numa região densa umbralina, é um local da natureza mesmo que tinha alguns adereços criados pela mente dos suicidas mas é algo que faz parte da geografia do umbral e não uma criação mental apenas.

O menino foi puxado para reencarnar após ter cometido suicídio na última reencarnação pela mesma mulher que foi a responsável por lhe dar a vida naquela existência, e tem como pai o bispo que era seu tio, e que foi responsável por colocar na mente do menino a imagem do inferno para onde ele iria.

Não existe o inferno, existem infernos, tanto locais naturais que se assemelham às descrições quanto locais criados pela mente das pessoas, que podem ser tão ou mais reais do que infernos os naturais. Obliviamos na mente subconsciente do menino a lembrança dessa vida passada e do tempo que ele passou no inferno antes de nascer, mas tanto ele quanto os pais terão uma vida bem difícil em certos aspectos.

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