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Constelação familiar

Muitas pessoas já me pediram para falar sobre Constelação familiar, uma técnica terapêutica criada pelo alemão Bert Hellinger (1925-2019). Não vamos entrar no mérito dele ser ou não nazista, mas o fato é que ele se alistou no exército alemão quando tinha 17 anos, era seminarista católico desde os 10 anos, e combateu no front como nazista por três anos, até o final da guerra. Após o final da guerra Bert retornou para sua ordem e se tornou padre; em 1951 se formou em Teologia e Filosofia pela Universidade de Wurzburgo e foi para a África do Sul, onde havia o apartheid, e foi diretor de várias escolas. Lá também se formou em Belas Artes pela Universidade da África do Sul em 1954.

Bert abandonou o clero no final dos anos 1960 e voltou para a Alemanha, casou-se duas vezes, andou por vários países e ao longo dos anos estudou várias técnicas psicoterapêuticas, mas me parece que a base da técnica ele retirou da cultura Zulu de honrar os ancestrais, pois passou 16 anos entre essa tribo enquanto esteve na África do Sul, e no início da década de 1980 começou com essa terapia em grupo que acabou adotando o nome de Constelação familiar.

Na prática, grosso modo, a constelação familiar é uma terapia em grupo onde um dos participantes, que eles chamam de consteladores, leva um problema para ser tratado e os demais consteladores representam outras pessoas envolvidas no problema. A pessoa que apresentou o problema a ser tratado eles dizem que está constelando. Por exemplo, uma mulher tem um problema com a mãe, se sente rejeitada por ela, sente que a mãe não a ama tanto quanto ama os outros filhos e leva essa questão para ser constelada.

O facilitador da constelação familiar vai montar um grupo de pessoas onde uma vai representar a mãe dela, outras vão representar os irmãos, o pai e outros familiares que eles achem que estão envolvidos. Funciona como um teatro, mas a teoria é que as pessoas ali, os consteladores, vão captar a energia das pessoas que representam e conversando vão conseguir resolver o problema. Até aí não parece nada demais, lembra muito o psicodrama, o problema é que o Bert adicionou umas teorias que envolvem a hierarquia da família e os ancestrais das pessoas e esses conceitos não têm nenhuma base científica e nem espiritual, justificando o machismo, o incesto e a pedofilia entre outros absurdos. A Constelação familiar é uma pseudociência.

Eis aqui um trecho de um artigo da Revista Questão de Ciência: "Há alguém, em sã consciência, que realmente acredita que dinheiro público deve ser usado para pagar por um tipo de psicoterapia que, além de não contar com nenhuma base científica, tem, entre seus princípios, a ideia de que toda família deve seguir uma hierarquia patriarcal rígida; que o papel ideal da mulher é servir e obedecer ao marido em tudo; e que casos de incesto muitas vezes acontecem porque a mulher, sentindo-se culpada por não servir ao marido bem o bastante, acaba, inconscientemente, “oferecendo-lhe” a filha?"

No site Universo Racionalista também encontramos um artigo intitulado: Bert Hellinger e a farsa da constelação familiar. Neste outro site, Interd, temos outro artigo: Os perigos da constelação familiar. Mais um artigo aqui no Diário do Nordeste: Constelação familiar: terapia do absurdo. Outro aqui no site AR News 24h: A história que não se conta sobre as Constelações Familiares. Nesse outro tem o relato de uma mulher agredida pelo companheiro que foi convidada a perdoá-lo, isso num tribunal de justiça onde queriam resolver as pendências constelando: Constelação familiar na Justiça: 'Me mandaram perdoar ex que me agrediu'... Falando mal da Constelação familiar, além desses, tem muitos outros artigos na internet e nem são de sites ou de pessoas espiritualistas, são de acadêmicos, jornalistas, psicólogos, etc.

Mas a minha especialidade é o campo espiritual e é por essa ótica que vamos fazer uma breve análise, pois já atendemos vários casos de pessoas que se submeteram a essa prática e sua situação piorou bastante, mas tenho que dizer também que algumas pessoas que já fizeram constelação relataram que melhoraram em alguns aspectos após constelarem um problema. Eu particularmente acho que nos casos em que a pessoa se sente bem depois é porque nesse teatro que montam a pessoa acaba dizendo coisas que estão entaladas e que não tem coragem de falar pessoalmente para o familiar com o qual tem o problema e a melhora é simplesmente porque botou para fora um sentimento que estava represado, mas o problema em si com aquela pessoa não se altera.

O que acontece geralmente na Constelação familiar, sem que os participantes tenham controle sobre isso, é que as pessoas representadas na constelação acabam sendo desdobradas e incorporam nos consteladores, por isso quando tem alguma pessoa com mediunidade no grupo ela é sempre escolhida para os papéis principais, pois geralmente incorpora sem saber a pessoa que está representando, e aí os incautos ficam embasbacados dizendo que a pessoa falou do mesmo jeito e usou as mesmas expressões que a pessoa que representava, como se isso por si só validasse a terapia toda.

No exemplo que citei no início o que poderia acontecer? A mãe queixosa iria incorporar ou se encostar na pessoa que a representa e ia bater boca com a filha, iam lavar a roupa suja, e talvez por isso a filha queixosa se sentiria bem depois, por ter botado para fora o que estava sentindo, mas o problema entre as duas iria continuar igual. Mas o que geralmente acontece nesses casos é que a mãe já não tinha preferência por essa filha devido a situações desarmônicas de vidas passadas entre as duas e esse desdobramento da mãe e outros familiares como filhos e marido, e em muitos casos já havia sintonia deles com frequências de vidas passadas, que acabam sendo potencializadas, a conexão fica mais forte, e a animosidade entre as partes piora.

Nesse teatro também acabam se manifestando às vezes, no lugar de alguma pessoa representada na constelação ou da pessoa que está constelando ou do facilitador e de outros consteladores, espíritos obsessores, zombeteiros, vampirizadores para roubar energia das pessoas, etc, que também se fazem passar por antepassados dos consteladores e como eles não tem nenhum discernimento ou método para validar a identidade de nenhum espírito, esse teatro às vezes vira uma comédia. Abrem frequências que conectam várias outras energias e espíritos em quem está constelando, até precipitando um karma que não precisaria ser resgatado nesse momento.

Também é preciso mencionar que a Constelação familiar não é reencarnacionista, não trabalham com vidas passadas, eles acreditam que os espíritos dos nossos ancestrais consanguíneos ficam em algum lugar no espaço fazendo sei lá o que. Então os problemas das pessoas não podem ser consequência do karma, por isso sempre botam a culpa em outra pessoa, geralmente os ancestrais, por exemplo, um familiar que não nasceu porque foi abortado atrapalha a vida do irmão que nasceu porque ele não ocupou o lugar dele no sistema familiar e outra irmã não pode ter filhos por conta da avó ter feito um aborto, a filha foi abusada pelo pai porque a mãe não cumpriu o papel sexual dela com o marido que não tem culpa, e por ai vão as sandices que aparecem nessas constelações.

Como eu disse já atendi vários casos de pessoas que constelaram, mas hoje num atendimento de um cliente nosso nos deparamos com uma pessoa ligada a ele que foi fazer constelação na Alemanha, na sede onde a esposa do Bert ainda trabalha, e foi até curioso porque essa constelação envolvia esse nosso cliente e lá eles viram que ele tinha uma ajuda espiritual, que somos nós, mas acharam que por ele estar aqui era alguma ajuda de terreiro, de trabalhos de magia, e como uma forma de contra-ataque eles buscaram um espírito africano, colocaram bastante energia nele, que ficou enorme, e o largaram perto da pessoa que foi constelar, como forma de anular a magia do nosso cliente e proteger ela.

Mas apenas pegaram esse espírito no astral da África e o largaram ali, o espírito africano não tinha nem noção do que estava acontecendo. Incorporei ele num médium e conversamos um pouco, ele nem sabia como acabou nessa situação, eu contei para ele resumidamente o que estava acontecendo e ele disse que não queria se meter nisso e queria voltar para onde estava, eu consenti e o mandei de volta para a África.

Acontece que esse nosso cliente estava sendo atacado no dia a dia, negócios dando errado, quase se acidentando de carro, etc e como não era da parte do espírito africano procuramos mais, e encontramos, tentando se ocultar junto com a pessoa que foi constelar na Alemanha, um espírito se dizendo o anjo da guarda dela, tentou aplicar essa, eu ri logicamente, ele ainda insistiu que era mesmo o anjo da guarda da pessoa, mas como viu que eu não acreditei disse que foi designado numa constelação para protegê-la.

Perguntei então por que ele estava tentando prejudicar meu cliente o atacando no dia a dia, e ele respondeu que a melhor defesa é o ataque. Esse espírito era alemão e em sua última encarnação morreu num campo e concentração por ter ajudado um judeu, mas disse que se arrependeu profundamente e agora estava trabalhando com esse pessoal da constelação para se redimir, para mostrar que agora é um deles. No campo de concentração que ele ficou preso, que ainda existia no astral, resgatamos 900 espíritos. Apagamos a mente do anjo da guarda e o encaminhamos para reencarnação.

Na constelação aqui na dimensão física os consteladores acreditam que a ajuda espiritual do nosso cliente é de origem africana, mas no astral o espírito que coordena os trabalhos de constelação lá na Alemanha, que trabalha com os herdeiros do Bert, sabia que éramos nós que estávamos protegendo nosso cliente e ele colocou espíritos para nos atacar também. Esse espírito está morto há cerca de 30 anos e era um psiquiatra alemão que era interessado em ocultismo, conforme suas próprias palavras, e gerenciava mais de 5.000 espíritos que trabalhavam com esse pessoal da constelação na Alemanha. Toda a equipe espiritual que trabalhava com a constelação na Alemanha foi apagada e encaminhada para reencarnação.

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