Agroglifos - O mistério revelado
- Gelson Celistre

- há 9 minutos
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Eles surgem da noite para o dia, em campos de trigo ou cevada, formando figuras geométricas tão perfeitas que parecem desenhadas por mãos invisíveis. Os agroglifos, crop circles, ou círculos nas plantações, continuam sendo um dos fenômenos mais intrigantes e belos da cultura contemporânea — misturando ciência, arte, mistério e imaginação popular.

Os primeiros relatos de marcas misteriosas em plantações, segundo um panfleto inglês de 1678, intitulado The Mowing Devil (“O Diabo Ceifador”), contava a história de um fazendeiro que teria visto o diabo cortar o trigo em círculos perfeitos no século XVII, mas esse relato provavelmente é uma lenda criada para dar ancestralidade ao fenômeno.
Os agroglifos modernos começaram a aparecer no sul da Inglaterra, especialmente nas regiões de Wiltshire e Hampshire, durante a década de 1960. Esses lugares segundo pesquisadores de agroglifos não são aleatórios: estão próximos de sítios antigos como Stonehenge e Avebury, o que ajudou a alimentar a aura mística em torno do fenômeno.
Durante os anos 1970 e 1980, as formações começaram a se multiplicar. No início, eram círculos simples; depois, tornaram-se desenhos cada vez mais complexos — com anéis, triângulos e até padrões fractais.
Em 1991, o mistério sofreu um golpe: dois britânicos, Doug Bower e Dave Chorley, declararam publicamente que haviam criado centenas dos círculos como uma espécie de “brincadeira artística”. Demonstraram como usavam tábuas, cordas e medidas de referência para achatar as plantas sem quebrá-las.
A confissão pareceu encerrar o caso… mas não completamente. Isso porque muitos círculos continuaram a surgir, alguns com detalhes físicos difíceis de reproduzir: caules dobrados sem sinais de ruptura, alterações magnéticas no solo e padrões geométricos de precisão milimétrica. Para muitos pesquisadores e curiosos, havia algo além da simples ação humana.
O debate se dividiu em várias frentes.
A explicação humana é a mais aceita: artistas e grupos anônimos usam os campos como uma imensa tela natural, em uma forma de land art (arte na paisagem).
Outros acreditam em causas naturais, como redemoinhos de vento ou fenômenos de plasma que gerariam os desenhos.
E há, claro, os que veem nos círculos mensagens extraterrestres, uma tentativa de comunicação simbólica de civilizações avançadas ou quem sabe mensagens vindas do futuro da própria humanidade.
Seja qual for a origem, a precisão e a beleza dos desenhos continuam a intrigar até mesmo cientistas e matemáticos, que identificam neles proporções harmônicas e relações geométricas surpreendentes. A região de Wiltshire segue sendo o epicentro mundial dessas formações, atraindo turistas, fotógrafos, artistas e espiritualistas todos os anos.
Hoje, mais de 10 mil formações já foram registradas em mais de 50 países. A ciência os compreende como fruto da criatividade humana, mas, para o imaginário popular, os agroglifos continuam sendo portais simbólicos para o desconhecido.
Sejam mensagens cósmicas ou manifestações de arte efêmera, os círculos nas plantações seguem desafiando a razão e encantando o olhar — lembrando-nos de que o mistério, às vezes, é o que dá sentido à própria busca por explicações.
Com o surgimento recente de um agroglifo na pequena cidade de Biguaçu, no interior do estado de Santa Catarina, já considerada a capital nacional dos agroglifos pois eles aparecem lá desde o ano de 2008, a Apometria Universalista resolveu investigar a origem não só desse agroglifo tupiniquim, mas de todos desde o seu surgimento nos anos 1960 na Inglaterra.
Quem fez o agroglifo em Biguaçu foi um morador local com ajuda de outras pessoas, é uma espécie de brincadeira que botou a cidadezinha em que mora no mapa. Essa pessoa já esteve em outro país e lá ajudou outra pessoa a fazer crop circles, achou bacana e quando voltou para o Brasil iniciou a prática.
Mas buscando a origem, os primeiros círculos que surgiram nas plantações do sul da Inglaterra, encontramos a mente por trás dos agroglifos que se espalharam por dezenas de países nos últimos 60 anos. Existe um espírito que influencia e auxilia espiritualmente as pessoas a fazerem esses agroglifos. O espírito teme represálias, magias, de pessoas encarnadas e por isso não quis fizer seu nome na última vida, escolheu o pseudônimo de Voltaire.
Nosso Voltaire foi um hippie inglês nos anos 1960 e morava numa comunidade rural de hippies no sul da Inglaterra, ele era um artista, pintava quadros com figuras geométricas, e quando ele morreu provavelmente de pneumonia, os amigos resolveram fazer uma homenagem a ele recriando uma de suas obras num campo de trigo.
O espírito do Voltaire gostou e passou a incentivar outras pessoas a fazer o mesmo em vários países, de certa forma ele se alimenta da energia das pessoas que criam os agroglifos, que ele intui e ajuda ativamente no astral e ele tem inclusive outros espíritos que o auxiliam e intuem outras pessoas a fazer agroglifos.
Para quem quer acreditar que os agroglifos são feitos por extraterrestres, que são mensagens em código, infelizmente não é isso. Os agroglifos começaram como uma homenagem para um morto e atualmente podemos considerá-los uma forma de arte alternativa, bem condizendo com os hippies que os criaram originalmente.



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